Saudações, humanos! Hoje eu estou aqui para dar continuidade na matéria do nosso amigo Heustam sobre SERVOSASTRAIS. Conversando com algumas pessoas, pude perceber que eu tenho uns macetes bem bacanas pra passar pra vocês e que vão evitar MUITO que vocês se deem mal no futuro.
A primeira coisa que você deve saber é: SERVOS ASTRAIS NÃO
SÃO POKÉMONS, não adianta você criar 150 e não dar conta da manutenção de 1. As
consequências de um Servo Astral com fome podem ser bem desagradáveis e até
graves. Para ilustrar, um Servo Astral com fome pode muito bem vampirizar uma
pessoa uma vez pra se alimentar, mas se seu criador continua a lhe negligenciar
a devida atenção, o Servo vai atrás daquela pessoa que ele já conseguiu
vampirizar uma vez (porque afinal, sabe que tem alguma afinidade com ela) ou
procurar outra, se não for possível a aproximação da primeira, e vai continuar
a vampirizar essa pessoa indefinidamente (dá pra chamar de vampirismo de longo
termo). Com o tempo, essa pessoa vai sofrer desequilíbrios em seus corpos sutis,
que mais tarde evoluirão para doenças graves (desde gripes fortes até câncer) e
saiba você: querendo ou não, TUDO o que o teu Servo faz é responsabilidade SUA,
o carma é SEU.
Eu fiquei quase um ano inteiro planejando meu primeiro
Servo, e isso valeu MUITO a pena. Nesses onze meses e meio eu consegui me
conectar muito bem com uma fonte de inspiração e “desenvolvi’’ (as coisas acontecem de maneira
tão espontânea que a gente até duvida que fomos nós os responsáveis) muitas
travas de segurança e macetes em relação aos Servos Astrais.
A primeira vez que eu ouvi falar em algo assim tinha sido
com o Konstantinos em seu livro “Bruxaria Noturna- magia depois que o Sol se
põe’’ (Madras) e depois, muito fascinado com essa possibilidade, cheguei a
Franz Bardon (ele é um lindo de morrer, acreditem!) e aí a coisa engrenou de
vez.
Vamos ver como podemos tomar certas medidas de segurança
para evitar que as criaturas se voltem contra seus criadores e algumas medidas
mais para evitar que um Servo Astral saia vampirizando meio mundo por aí e
aumente seu saldo negativo no Crédi-Karma.
Começando:
Planejamento, Planejamento e MAIS Planejamento
Pessoas,
eu sei que quando a gente quer muito uma coisa tem que ser na hora, bem rápido
e de preferência com fritas acompanhando, mas certas coisas não podem ser
feitas de maneira desleixada... Servo Astral está na lista dessas coisas. Um
Servo mal feito vai morrer logo, ou então ser derrotado fácil por qualquer
energia que o confronte (Um Servo de proteção que se machuque com um palavrão
em um momento de raiva COM CERTEZA não vai conseguir te defender daquela
macumba braba, meu amigo...). Outra coisa que pode acontecer é o Servo sair de
controle e se proclamar novo dono do mundo entre outros efeitos colaterais.
Por esses e outros motivos você deve pensar, antes da
aparência do seu Servo, a MANEIRA QUE ELE VAI OPERAR. Se eu fizer um Servo de
proteção dando como diretriz a ordem “me proteja de tudo o que me faz mal’’
então estou ferrado, vai chegar uma hora que ele vai me privar de ar porque o
oxigênio libera elétrons que podem danificar o DNA e causar envelhecimento! Ou
então um Servo de prosperidade com a diretriz “Me faça ser promovido” vai se
tornar um problemão. Pensa comigo, o que é mais fácil: uma série de pessoas
acima de você na pirâmide ganharem uma promoção até chegar na sua vez, ou
aquele teu superior imediato sofrer um acidente, morrer e precisarem colocar
você no lugar dele? Lei Universal, galerinha: o Universo sempre segue o caminho
de menor resistência! Se você não especificar tudo direitinho, teu Servo vai
fazer aquilo que der menos trabalho!
Por
isso, primeira trava de segurança do teu Servo: DIRETRIZES. Você já conhece as três leis da robótica? Pois bem, são
essas:
·
1ª Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir
que um ser humano sofra algum mal.
·
2ª Lei: Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres
humanos exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira
Lei.
·
3ª Lei: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal
proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis.
Leve em consideração que um Servo
Astral, à princípio, é um robô etérico. Claro, se for um Servo
de proteção você provavelmente não vai se importar se ele causar um ataque
cardíaco na pessoa que está te apontando um revólver... então a coisa complica
ainda mais, pois há a necessidade de especificar em QUAIS situações, e contra
QUEM, ele deve agir de maneira violenta. Como eu disse antes, o Servo vai
seguir o caminho da menor resistência, e se não tiver “no contrato” ele não
terá obrigação NENHUMA de parar pra analisar se essa arma na mão da criança é
de verdade ou se ela só está brincando contigo com um revólver de brinquedo.
Percebe o peso das suas ações? Pois é.
Outra parte fundamental na
segurança do teu Servo é o corpo físico dele. A experiência mostrou para vários
de nós que, quando um ser etérico tem algo pra se fixar no físico, seu poder de
ação neste plano fica mais fácil. Esse corpo físico pode ser qualquer coisa: um
desenho, um livro, uma estátua, até mesmo uma casa, mas algo sempre haverá em
comum entre qualquer objeto escolhido: você deve colocar a marca de seu Servo
nele para que ele se fixe com mais facilidade. Essa marca, naturalmente, será
um sigilo (consultem o oráculo google se não souberem o que é) e aqui podemos
reforçar ainda mais a segurança de que nosso Servo não nos fugirá ao controle.
Faça o sigilo do teu Servo. Como exemplo, usarei um desenho simples, veja
abaixo:
O nome fictício do Servo é
AMARANTH. Tirando as letras repetidas,
AMRNTH, usando essas letras componho o sigilo. (Aqui optei por não usar a letra
R, nenhum motivo específico).
AGORA eu devo fazer um sigilo PRA
CADA DIRETRIZ que meu Servo deve seguir, e então incorporá-los ao sigilo do meu
Servo . Então, por exemplo, eu faria um sigilo da
frase “não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano
sofra algum mal” e dela fico com as letras NAOPDEFRIUMSNTQGL e formo um pequeno
sigilo com elas, incorporando ao sigilo do meu Servo, de forma que isso faça
parte do que ele é. Não vou usar todas as letras (existem várias formas de
sigilação, desde com letras até a desenhos, mas estou usando essa por ser a
mais simples) então obtive:
Eu sei que ficou bem podre, mas é
só pra ilustrar que ambos os sigilos devem se fundir. (Você pode usar as letras
e ir modificando-as até formarem um desenho totalmente desconexo com o
alfabeto, então misturar os desenhos dos sigilos e formar um único desenho.
Seja criativo!)
Algumas diretrizes bem úteis que
utilizo em meus Servos:
*Não infringe dano ao teu
criador, a menos que ele ordene.
*Não impede teu criador se ele
fizer, ou estiver em vias de fazer para ti, um ritual ou ordem de morte que
destruirá você.
*Obedece somente a teu criador, a
menos que ele ordene diferente.
*O teu criador define quando e
como te alimenta, de forma que jamais
você procura fontes que não as indicadas por ele quando for ordenado a fazê-lo.
E agora as mais importantes
diretrizes:
“Quebrar qualquer uma das diretrizes leva a sua morte imediata. Seu
corpo se decompõe em energia benéfica e é absorvido pelo solo”
“A destruição do teu corpo físico leva imediatamente a destruição dos
teus corpos energéticos, que se decompõe em energia benéfica e são absorvidos
pelo solo’’
Obs: é DE EXTREMA IMPORTÂNCIA colocar
todas as diretrizes no PRESENTE, de forma que elas sejam cumpridas NO PRESENTE.
Sabe aquela coisa que você sempre deixa pra amanhã e esse amanhã nunca chega? Então,
as coisas não devem ser planejadas pra AMANHÃ, e sim pra HOJE, AGORA, então
tudo no presente... outra coisa importante: é bom focar que a energia da
decomposição do(s) corpo(s) sutil (is) do Servo sejam absorvida(s) pelo solo
(conforme o Servo ganha complexidade, ele desenvolve mais corpos sutis, cada um
especializado em uma função, como pensamento, emoção, raciocínio lógico,
imaginação, etc) pelo seguinte fato: quando nós morremos, retornamos à fonte, o
mesmo ocorre com os Servos Astrais: quando morrem, a energia deles volta pra
fonte que É VOCÊ. Agora imagine só se seu sistema nervoso vai aguentar a carga
energética de um Servo bem desenvolvido? As consequências dessa agressão no teu
corpo podem levar à ataques cardíacos fulminantes e a AVC´S, por exemplo.
Outro aspecto importante dessas
duas diretrizes fundamentais é o fato da existência do Servo estar diretamente
ligada ao corpo físico dele. Se ele encontra um meio de burlar suas diretrizes
(toda Lei tem suas brechas) e ele te incapacitar de fazer um ritual ou coisa
assim, você ainda pode quebrar com toda a força que conseguir a
estátua/estatueta que é o corpo físico dele, ou jogar o boneco de cera na água
fervente, ou queimar/rasgar/queimar e rasgar o pedaço de papel em que ele
reside (pra mim são os melhores corpos: podem ser dobrados, são resistentes à
impacto e fáceis de destruir se necessário. Nessas horas você entende o motivo
do Mago Clow ter feito as Clow Cards em Sakura Card Captor).
Enfim, NÃO ECONOMIZE TEMPO
FORMANDO AS DIRETRIZES DO TEU SERVO, tente preencher cada possível brecha, cada
erro, NUNCA use vícios de linguagem, ambiguidades ou forças de expressão,
capriche bem para que, mesmo com todas as restrições, o Servo ainda consiga seguir
o propósito de sua criação.
SEGUNDA PARTE: ALIMENTAÇÃO
Algo
que costumo fazer é planejar bem a alimentação dos meus Servos. NUNCA DÊ
INDEPENDÊNCIA ALIMENTAR AO SERVO, é isso que o prende à você, ele precisa de
você pra sobreviver. Durante uma semana,
eu costumo acender velas de 7 dias e ordenar que o Servo recém criado se alimente
delas para se fortalecer (lembra que um Servo fraco não serve de nada?) antes
de manda-lo seguir minhas ordens. Geralmente as velas que deviam durar sete
dias duram apenas dois. Acender velas,
oferecer frutas cortadas e energia sexual através do orgasmo são ótimos meios
de alimentar o seu Servo, mas não esqueça: NENHUMA fonte vai te privar da
obrigação de gastar um tempo visualizando seus Servos, dando a eles constituição
mental e densidade (ta vendo porque 150 é bem inviável pra maioria de nós? Imagina
ter que ficar 10 minutos visualizando, um a um, 150 Servos Astrais!).
Creio ter dito o suficiente sobre
alimentação. CLARO QUE EU SEI QUE É COMPLETAMENTE DESNECESSÁRIO DIZER que se
você não alimenta seus Servos eles morrem, não é mesmo, galerinha?
TERCEIRA PARTE: INTERAGINDO COM SUA CRIAÇÃO
Pessoal, deixa eu esclarecer umas
coisas sobre Servos Astrais: no começo eles são bem robóticos, mas não demora
quase nada (coisa de semanas) e eles desenvolvem a capacidade de sentir, por
estar em sintonia conosco eles adquirem muitas de nossas qualidades. Tratar seu
Servo como se fosse lixo ou um escravo não será nada saudável para nenhum dos
dois, principalmente pra você que vai sentir um cheiro estranho e quando se der
conta já terá merda até os joelhos com a criatura que se voltou contra o
criador... Sejam firmes com eles, mas sejam, antes de tudo, humanos! Se
esforcem para ganhar o apreço de seus Servos, de forma que para eles seja um
prazer estar trabalhando para você e com você.
Para se comunicar com ele você
tem uma infinidade de escolhas: um pêndulo e um alfabeto (meus preferidos) para
ele ir soletrando pra ti caso não tenha a capacidade de se mostrar ou falar no
nível físico (Ou você não tenha a capacidade de ver e ouvir o Astral), aparecer
em sonhos (ele já tem que estar fortinho pra fazer isso, e você preparado e
aberto a isso) ou o mais legal de todos que seria uma manifestação aqui no
plano físico... claro que isso exige uma experiência e energia muito grandes,
mas nada é impossível!!! Use o meio de
comunicação de sua preferência para saber como ele se sente, se necessita
alimento, se tem algo a te dizer, etc.
QUARTA PARTE: ADEUS
Essa é a fase mais importante na
vida de um Servo. Quando ele já cumpriu com seu propósito ele vai se sentir
deslocado e a falta de objetivo existencial vai causar um estrago grande nele
quando ele perceber que não tem mais nada pra fazer. Então é hora de dizer
adeus antes que alguma catástrofe ocorra. Destrua seu Servo.
Se ele já é bem forte, e você
consegue ver novos usos para ele, simplesmente dê uma nova ordem e faça as
alterações no corpo dele (através de prolongadas [plural] visualizações) e
deixe que ele siga feliz para cumprir com seu novo objetivo. Outo meio que desenvolvi
é ordenar que o Servo entre em uma hibernação profunda até que você o evoque
novamente se necessário. Fazendo isso, ele ficará no corpo físico dele e vai “dormir”,
cessando a maioria de suas funções vitais (Ainda será necessário alimentá-lo,
embora com muito menos frequência. Use um pêndulo para averiguar a frequência
necessária).
Tome a decisão que quiser, mas
sob hipótese alguma permita que ele viva sem propósito. Outra coisa: ao
primeiro sinal de desobediência, destrua-o! (Sim, bem judaico-cristão...) Antes
que a coisa fuja do teu controle.
Pra concluir o assunto: Uma vez
morto, morto está! Nada de evocar a entidade que você destruiu. Já pensou como
lidar com um Servo que se lembra plenamente da tua frieza quando o matou pela
primeira vez, e que tem a certeza absoluta de que você fará isso novamente? Pois
é...
Eis os meus conselhos sobre
Servos Astrais para vocês, pessoal! Lembrem que Servos Astrais exigem
responsabilidade enquanto eles existirem. Abraço e até a próxima!
-Zórdic
Austin Osman Spare e meus mentores curtiram isso !
ResponderExcluirFico muito feliz em saber que apreciou meu texto. Espero que faça bom uso dele! Abraço!
ExcluirEu adoro esse assunto de servos astrais e também familiar. No entanto não conheço muito sobre familiar e caso pudesse abordar o assunto eu ficaria imensamente grato. ÓTIMOS textos !!!
ResponderExcluirEu fiz um servo sem intenção de destrui-lo, pra isso criei 112 regras rsrs, por enquanto está tudo bem...
ResponderExcluirE se eu quiser um amigo, servo isso?
ResponderExcluirO link do livro "Bruxaria Noturna- magia depois que o Sol se põe" esta offline... Teria como repostar?
ResponderExcluirBom dia mestre paz profunda,eu gostaria muito de adquir este livro bruxaria nortuna- magia apos o sol da noite.pode ser em PDF.
ResponderExcluirJá tem 10 anos dessa publicação e cá estou eu lendo... realmente, os ensinamentos da bruxaria são seculares e duradouros
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